A Beleza Transitória – História Budista

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A Beleza Transitória

 

Há muito tempo, quando o Buda Sakyamuni estava no Pico da Águia, houve uma cortesã chamada Lótus, na cidade de Rajagriha. Ela era mais bela do que qualquer outra mulher da cidade, e não parecia haver ninguém que pudesse se igualar à sua beleza. Todas as mulheres a invejavam e todos os homens a adoravam. Por tudo isso, um dia, Lótus concebeu um desejo de iluminação e decidiu segregar-se dos assuntos mundanos, tornando-se uma freira budista.

Ela partiu para o Pico da Águia para visitar o Buda Sakyamuni. No caminho, sentiu sede e parou num riacho de águas límpidas. Quando estendeu suas mãos para a água, ficou impressionada com o reflexo de seu rosto na superfície e foi cativada pela sua própria beleza. Seus olhos claros, seu nariz afilado, lábios vermelhos, maçãs rosadas, cabelos exuberantes, e a perfeita harmonia de suas feições combinavam completamente, convencendo-a de que era extraordinariamente bela. Ela pensou: "Que mulher bonita sou eu! Por que pensei em querer deixar de lado este corpo belo e viver como uma freira budista? Não, não farei isto. Com uma beleza como a minha, tenho certeza que encontrarei a felicidade. Que idéia tola a de me tornar uma asceta." Imediatamente, ela virou-se e começou a retornar o caminho que havia feito.

No Pico da Águia, o Buda Sakyamuni havia assistido Lótus durante o tempo todo. Ele achou que estava na hora de ajudá-la a desenvolver o desejo de iluminação. Utilizando-se de seus poderes ocultos, o Buda transformou-se numa mulher extraordinariamente bonita, muito mais bela ainda do que Lótus, e a esperou no caminho ele Rajagriha.

Desconhecendo a intenção do Buda, Lótus, enquanto imaginava vários prazeres mundanos, encontrou uma mulher desconhecida muito bonita no sopé de uma montanha. Atraída pela sua beleza, Lótus dirigiu-se espontaneamente a ela: "Você deve ser estranha por aqui. Para onde está indo completamente sozinha? Você não tem marido, filhos, irmãos? O que uma mulher tão bonita está fazendo aqui totalmente só?". A desconhecida respondeu: "Estou voltando para a cidade de Rajagriha. Sinto-me um tanto quanto solitária caminhando o trajeto todo. Se não for inconveniente, poderia acompanhá-la?"

 As duas mulheres logo se tornaram bastante amigas e viajaram juntas pela colina. Quando passaram por um pequeno lago, decidiram descansar um pouco. Elas sentaram-se na grama e conversaram por algum tempo. Enquanto Lótus falava, ela repentinamente adormeceu, com sua cabeça sobre os joelhos de Lótus. No momento seguinte, sua respiração cessou. Diante do olhar aterrorizado de Lótus, o corpo da mulher começou a degenerar exalando um odor cadavérico. O corpo inchava grotescamente, a pele se rompia e as entranhas saíam e logo foram infestadas por vermes. O cabelo da mulher morta caiu de sua cabeça, seus dentes e sua língua separaram-se de seu corpo. Era realmente uma visão odiosa.

Vendo essa fealdade apavorante diante de si, Lótus ficou pálida, pensando: "Mesmo uma beleza celestial, é reduzida isso quando morre. Não obstante o quão confiante eu era de minha beleza, não tenho meios para saber por quanto tempo irá durar. Oh! como fui estúpida! Devo procurar o Buda e buscar a iluminação." Então, Lótus dirigiu-se novamente ao Pico da Águia.

Chegando à presença do Buda, Lótus atirou-se diante dele e relatou-lhe o que havia acontecido a ela no caminho até lá. O Buda fitou-a com benevolência e pregou-lhe os quatro seguintes pontos: todas as pessoas envelhecem; mesmo um homem muito forte infalivelmente morrerá; não importando o quanto a pessoa viva feliz com sua família ou amigos, o dia da separação certamente virá; e ninguém pode levar a sua riqueza para o mundo após a morte.

Lótus compreendeu imediatamente que a vida é efêmera e que somente a Lei é eterna. Ela aproximou-se do Buda e pediu-lhe que a aceitasse como sua discípula. Quando o Buda deu-lhe a sua permissão, seus abundantes cabelos pretos caíram no mesmo instante e sua aparência transformou-se completamente na de uma freira budista. Desse momento em diante, ela devotou-se sinceramente à prática budista, e atingiu eventualmente o estágio de arhat, sendo qualificada a receber os oferecimentos e o respeito das pessoas.

Fonte: Texto extraído da Revista "Terceira Civilização", Maio, 1985
Página criada por Sandro Neto Ribeiro

Lendas do Japão – A origem da estrela-do-mar

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 A origem da estrela-do-mar

Texto: Claudio Seto

Uma antiga lenda da província de Okinawa conta que, certa ocasião, o deus Estrela Polar e a deusa Cruzeiro do Sul resolveram trazer vida para a terra. Então, quando a deusa Cruzeiro do Sul estava pronta para dar à luz, ela perguntou ao deus Poderoso do Céu onde poderia ter seus bebês. O deus Poderoso do Céu olhou para a terra e avistou uma pequena ilha chamada Taketomi-jima, onde existia, ao sul, um belo mar de coral. Então, ele disse à deusa Cruzeiro do Sul: – Vá ao lado sul de Taketomi-jima, pois lá existe uma praia com águas mornas e ondas mansas, isso será muito bom para seus bebês.

Assim, a deusa Cruzeiro do Sul desceu da Alta Planície Celeste e dirigiu-se à ilha, conforme sugerira o deus Poderoso do Céu. Lá chegando, deu à luz a várias estrelinhas cintilantes. A deusa estava muito feliz, pois realmente aquela praia tinha a água morna e uma temperatura perfeita para que suas filhas pudessem passar os primeiros anos de suas vidas.

– Assim que crescerem, elas subirão a Alta Planície Celeste para se encontrar comigo e viveremos cintilantes no céu. Disse a deusa retornando ao seu lugar.

Entretanto, o deus Sete Dragões do Mar ficou irritado, porque a deusa Cruzeiro do Sul não lhe pediu permissão e usou a praia para parir seus filhos. Ele então chamou uma das suas serviçais, a dona Serpente Gigante, e ordenou:

– Não admito que ninguém dê à luz em meu oceano sem minha permissão. Vá e devore todos os bebês que encontrar na região sul da ilha.

A dona Serpente Gigante, obediente à ordem de seu amo, engoliu todos os bebês da deusa Cruzeiro do Sul com sua enorme bocarra, matando-os todos. Em seguida, cuspiu seus corpos.

As estrelinhas mortas flutuaram no mar até alcançarem uma praia chamada Higashi Misaki, no lado leste da ilha Taketomi. As estrelinhas, empurradas pelas ondas, pararam na praia e ficaram com o corpo salpicado de areia. Nessa localidade, havia um santuário onde vivia a semideusa Amável. Quando encontrou as estrelinhas sem vida, Amável sentiu muita pena delas e levou-as para o santuário.

– Oh! Pobres estrelinhas, vou colocá-las no incensório. Assim, quando os aldeões vierem me trazer oferendas durante o festival e queimarem os incensos, suas almas poderão subir ao céu junto à fumaça. Lá, na Alta Planície Celeste, poderão reencontrar sua mãe.

Conforme a semideusa Amável planejou, quando chegou o dia do festival, os aldeões queimaram muitos incensos e as almas dos bebês-estrelas subiram ao céu levadas pelas fumaças.

Esta é a origem lendária da estrela-do-mar. Em Taketomi-jima, apesar de séculos terem se passado, ainda hoje é possível encontrar estrelas-do-mar com corpos salpicados de areia nas belas praias que ficam ao sul da ilha de Okinawa. Elas são conhecidas como Hoshi-suna (estrelas de areias), nome que nasceu em referência a esta lenda.
 
 Claudio Seto, 60 anos, foi ao Japão quando tinha nove anos para estudar no Templo Myoshinji, da seita Zen, em Quioto. Após três anos, prosseguiu seus estudos religiosos e de cultura japonesa em Kyushu, no monte Ehiko-san, no templo de mesmo nome, pertencente à seita Shugêndô. No período em que ficou no Japão, Seto mergulhou na história do Japão e aprendeu muitas artes como: haiku, tanka, shodô, kadô, kendô, ninjutsu, mangá, kyudô e bonsai. Ao voltar ao Brasil, com 17 anos, Seto trabalhou como argumentista e desenhista de história em quadrinhos em São Paulo, editor de revistas em Curitiba, chargista, ilustrador e editor. Atualmente trabalha também nos jornais Tribuna do Paraná e O Estado do Paraná. É editor do Jornal Garça da Sorte e da revista Planeta Zen.
 

Anjos

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USO DE ROUPAS E FRAGRÂNCIAS DE QUE OS ANJOS GOSTAM

 As cores indicadas são: rosa, magenta ou verde-claro para os anjos guardiões do lar; azul-safira-escuro para os anjos curadores; azul-celeste para os anjos da maternidade e do nascimento; branco para os anjos do cerimonial e os da música; verde-maçã para os anjos da natureza; e amarelo para os anjos da arte, da beleza e da sabedoria.

Quanto aos perfumes, Terry sugere ter em casa flores, fragrâncias ou incenso que despertem o anjo que se quer atrair: Jasmim e rosa para os anjos da guarda; pinho para os curadores; sândalo para os anjos da criatividade e as musas; madressilva para os mensageiros; jacinto para os anjos da alma; gardênia para os exterminadores de preocupações e corretores de prosperidade; lilás para os treinadores de felicidade.

 Fonte: Anjos – Mensageiros da Luz  de Terry Lynn Taylor.

            Revista Planeta Especial Anjos 2ª edição

 CORRELAÇÃO ASTROLÓGIA DOS ANJOS

 Gabriel governa janeiro e o signo de Aquário

Barchiel governa fevereiro e o signo de Peixes

Machidiel governa março e o signo de Áries

Asmodel governa abril e o signo de Touro

Ambriel governa maio e o signo de Gêmeos

Muriel governa junho e o signo de Câncer

Verchiel governa julho e o signo de Leão

Hamaliel governa agosto e o signo de Virgem

Uriel governa setembro e o signo de Libra

Barbiel governa outubro e o signo de Escorpião

Adnachiel governa novembro e o signo de Sagitário

Hanael governa dezembro e o signo de Capricórnio.

 Rafael rege o Sol e o domingo.

Gabriel rege a Lua e a segunda-feira.

Samuel rege Marte e a terça-feira.

Miguel rege Mercúrio e a quarta-feira.

Haniel rege Vênus e a quinta-feira.

Hanael rege Saturno e a sexta-feira.

Zadkiel rege Júpiter e o sábado.

 Fonte: Revista Planeta Especial Anjos 2ª edição

Para saber qual o seu anjo, clique http://www.pedacodoceu.com.br/anjos1.htm.

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Anjos

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ANJOS

 

O que são ou quem são os anjos?    

São seres de natureza espiritual, de uma linhagem distinta da nossa – ou seja, anjos não viram homens nem vice-versa-, cuja função primordial no cosmos é a retransmissão de energia divina, etc. Os anjos recebem a energia, modificam-na quer em qualidade quer em quantidade e a distribuem a tudo que existe. Por isso, há desde anjos que organizam o universo aos que presidem o movimento das partículas subatômicas, porque tudo existe por vontade divina e isso significa que a tensão divina está concentrada sobre tudo, mas sempre canalizada pelos anjos.

 

Pergunta extraída de uma entrevista com o médico e professor da USP especializado em histologia, embriologia e angelologia (estudo dos anjos), Eduardo Cunha Farias para a revista Planeta Especial Anjos 2ª edição por Regina Azevedo.

 

 

Segundo o místico/esotérico Emmanuel Swedenborg (1688-1772), bispo de Skara e professor de teologia em Uppsala (Suécia), caso não tenhamos nosso terceiro olho desenvolvido (o chacra frontal, que permite a visão interior), os anjos têm de adquirir formas materiais para se tornarem visíveis a nós. Eles respiram numa atmosfera adaptada a seus pulmões, falam e escrevem expressando afeição com vogais, idéias com consoantes e sua comunicação total com palavras. Só lhes é possível abordar idéias que transmitam a perfeita sinceridade do amor que os preenche.

 

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Nas religiões da China e do Japão, assim como no budismo, o papel dos anjos é exercido principalmente pelos seres humanos iluminados. Os budistas denominam-nos bodhisattvas – pessoas que, tendo se libertado da sucessão de encarnações, decidem voltar à Terra para ensinar e guiar os mortais comuns. Eles têm uma vida longa e morrem pacificamente, ao contrário dos mártires cristãos; entre suas funções estão as curas, orientações nas circunstâncias da vida, punições e recompensas e a condução das almas ao seu posto após a morte.

 

Fonte: Revista Planeta Especial Anjos 2ª edição.

 

 

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A Melhor das Armas – Parábola budista

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A MELHOR DAS ARMAS

 

 

Havia um príncipe muito hábil no manejo de cinco armas. Um dia, ao retornar dos treinamentos, encontrou um monstro de pele invulnerável, que avançou sobre o príncipe.

Este atirou uma flecha contra o monstro, sem conseguir causar-lhe danos. Depois lhe atirou uma lança que não penetrou na grossa pele da fera. Em seguida, atirou-lhe uma barra e um dardo que não chegaram a ferir o monstro. Brandiu-lhe a espada, mas ela se quebrou.

O príncipe, então, atacou o monstro com punhos e pés, mas em vão, pois o monstro o agarrou com seus enormes braços e o manteve afastado. Persistente e corajoso, o príncipe tentou usar a cabeça como arma, mas foi em vão.

O monstro disse: – É inútil resistir; eu vou devorá-lo.

O príncipe respondeu: – Não pense que estou sem recursos; tenho uma arma escondida. Se me devorar, eu o destruirei de dentro de seu estômago.

A coragem do príncipe abalou o monstro, que lhe perguntou: – Como você fará isso?

O príncipe respondeu: – Com o poder da Verdade.

Então o monstro soltou o príncipe, pedindo a ele que lhe ensinasse a Verdade.

 

Fonte: Revista Qualidade de Vida  Especial Budismo ano I número 5